terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Stress

Stress dos exames, stress de quem já falhou demasiado e que não pode falhar mais... Que não quer falhar mais... Quer acabar com isto e fazer outra coisa qualquer...

Quem me dera viver para sempre numa noite quente de verão com uma imperial eternamente gelada em cima da mesa, não ter telemóvel e nem sequer saber o que é a internet.
Ver um morcego a voar junto de um candeeiro de beira de estrada, levantar-me da cadeira e voar com ele. Mergulhar numa escuridão imensa e sentir o ar frio gelar-me os pulmões. Voltar para o chão e sentar-me de novo na esplanada.
Ver um cão vadio caminhando calmamente na terra à espera não sei bem do quê. Juntar-me a ele e ajudá-lo a encontrar o que procura. Enterrar um osso no chão seco. Correr atrás de um carro e ladrar às crianças que passam no outro lado da estrada. Com a lingua de fora corro até a cadeira e sento-me novamente com a imperial.
Achar que já chega e partir em busca de um outro qualquer café, de um outro qualquer sitio com outras pessoas, outras caras e outras imperiais....

Amanhã tenho o primeiro exame deste ano... Siga lá p'ra arena ver do que o touro é capaz, já não dói nada... Ou dói? Já não sei...

2 comentários:

Maria Papoila disse...

verifique-se que conseguiste manter sempre o alcool constante e chamaste touro a ti proprio...so assim uma observaçãozita :P

bic_cristal_pocket disse...

filosofias... que afinal não nos levam a lado nenhum! Podemos imaginar sermos trinta mil seres mas voltamos sempre a mesma mesa de café. Ás vezes mais vale mesmo aceitar a realidade, por os pés no chão, fazer de tudo para que essa realidade seja minimamente proveitosa. Há coisas que dependem de nós e coisas que não dependem... Em vez de dar voltas a tentar fazer com que algo que não depende de nós se altere, devemos aceitar. E fazer dos momentos que são nossos os nossos momentos. Mesmo que corra mal, ou bem... foram nossos por alguma razão!