Tava num café numa aldeiazinha qualquer um pouco abaixo do Tejo, 9 e pouco da manhã, tomar um café e comer qualquer coisa.
Nisto entra um velhote, a bengala levava-o até ao balcão com alguma dificuldade, mas estou convencido que até de olhos fechados esta sabia o caminho, tantas devem ter sido as vezes que já ali tinha entrado.
Cotovelos em cima do balcão e amiga encostada, pede uma aguardente velha. O homem que o servia, enquanto despejava a garrafa num copo, pergunta-lhe se não acha que é um bocado cedo para beber, o velhote responde-lhe que não e que a médica já lhe disse que não pode beber alcool, o homem do balcão olha-o com algum espanto, nem precisou de dizer nada, com um leve sorriso nos lábios, a resposta foi: "Se hei-de morrer de uma maneira ou de outra, que seja desta." e como qualquer miudo de 18 anos, agarrou no copo e deitou o liquido pela guela de uma só vez.
1 comentário:
Porque não entregarmo-nos de vez em quando ao que nos dá prazer. Afinal de contas há prazeres que nos levam a alma. E depois há outros que nos elevam o espírito.
Faz-me lembrar aquele anuncio da coca-cola. A satisfacção de algo faz-nos viver mais do que protejermo-nos de tudo o que nos pode prejudicar. A felicidade de podermos viver com o que nos da mais alegria é o melhor remédio para uma vida longa. :)
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